Às vezes penso que você vai pegar a bicicleta e sumir de uma hora para outra. Sumir daqui, da minha vida, do mundo. Ou pelo mundo. E que vai assim, sem aviso prévio, sem flores de despedida ou bilhete na geladeira. Porque você nunca se foi, e começo a achar ser sorte demais tê-lo por tanto tempo. Por isso, penso que um dia vou abrir o guarda-roupas e só vou encontrar aquela camisa sua-minha que a gente divide. Mas não pense que é ideia. Melhor mesmo é ficar. Só imagino ser sonho uma vez ou outra. Que alguma hora terei que sair por aí procurando-o pelas pegadas da sua música. E se lhe alcançar, será sorte em dobro! Mas o que queria mesmo era não perdê-lo para seus sonhos jamais. Queria eu ser seu maior sonho de fato. Já até andei fazendo minhas economias para arranjar uma viagem surpresa para nós dois. Ou para comprar uma casa onde quisermos no mapa mundi. E assim, aos poucos, vou encaixando minha vida na sua, meus sonhos nos seus, inventando espaço onde ainda pode não ter, para caber, com jeitinho, em você. Em você, que já me ofereceu o abraço como moradia e o amor como alimento. Você já me confiou as chaves; só falta entrar em casa. A porta está aberta. Mas se chegar, por favor, fique.
jeudi 10 septembre 2015
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