jeudi 21 mai 2015

Faz as malas, meu bem


É isso mesmo. Pode acreditar. Eu estou fazendo isso. Vai, pega a mochila, o violão e as ideias. Coloca tudo na mala do nosso futuro carro. Vou te esperar no portão com o buquê de rosas que vão nascer daquela muda que você plantou ontem. Quando for trancar a porta dá só uma volta na chave porque a gente vai, mas a gente volta. Meu bem, eu gosto do mundo, mas eu e você entre quatro paredes nossas também me agrada. Falando nisso deixa aquela camisa xadrez no armário que no dia que a gente chegar eu vou usar só ela e nada mais. É, eu sei. Não precisa fazer essa cara de bobo feliz. Quer dizer, precisa sim. Precisa muito. Você sabe que eu adoro. E deixa que na volta as romãs vão estar bem maduras e a gente não vai precisar esperar. Mas quanto à viagem, penso que de pouco em pouco dá pra ser maravilhoso. Num dia a gente encosta um no ombro do outro e observa as estrelas, no quintal mesmo. Depois a gente sai de casa e sobe a montanha, acende uma fogueira. Depois saímos da cidade e quem sabe pegamos um avião, assim, de surpresa? Você sabe que me botou uma coragem que eu não tinha. Uma coragem de estrada, mas também de mar. De mergulhar, voar e correr. Enquanto sua mão tá ali pra me equilibrar, e seus braços pra me levantar dos tombos que eu vou dar, eu tô bem. E bem é bem mesmo. É inteira, é plena. Porque os meus pedaços ficam completos quando você tá aqui. E não duvida não. Você ainda vai me ver largar muito quarto por uma barraca, e muita frescura por felicidade. Não é mudar. É me descobrir. É perder o medo de ser eu. Você sabe fazer isso como ninguém. E é por isso que eu penso mesmo que não importa os perrengues que a gente passar nessa viagem, ela vai ser longa (segundo minhas esperanças) e bonita o suficiente para a gente estacionar de novo no portão que a gente tá deixando agora, daqui a 20 dias ou daqui a 20 anos, e nossa aventura se resumir em um sorriso. Não importa o tempo ou o tamanho dos acontecimentos. Você sabe, como eu sei, que não vamos falar muito. Porque a gente foi feito assim. De exagerar nas palavras e amar nos silêncios. Então, amor... a mala tá pronta?

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